Como em todos os setores, sempre,
Me importunavam os gritos dos vendedores.
"Olha o amendoim torrado a tapioca de coco,
Olha o bolo recheado", gritava o menino,
Roco isso quase todo dia.
E de ouvir essa gritaria,
Eu estava quase louco,
Mas se havia uma exeção entre esses vendedores,
Tinha uma vendedora: a vendedora de flores.
Hà... essa eu queria ouvir, gritando na avenida:
"lírio branco, rosa, dália, violeta, margarida."
Até me tornei freguês da vendedora singela,
Quase sempre lhe comprava mais de uma rosa amarela,
Não que eu gostasse das flores,
Mas porque gostava dela,
De comprar as suas rosas.
Eu já tinha por costume, quando ela vinha na rua,
Conhecia pelo perfume e de seus outros fregueses.
Já sentia ciume eu a olhava em delírio, quando ela vinha garbosa,
Suas mãos da cor do lirio
Seu rosto imitando a rosa.
No entanto, certo dia de junho, mês dos amores,
Esperei a vendedora, mas só vieram os vendedores.
Pois, para meu aperreio, naquele dia não veio
A vendedora de flores.
Suas mãos da cor do lirio
Seu rosto imitando a rosa.
No entanto, certo dia de junho, mês dos amores,
Esperei a vendedora, mas só vieram os vendedores.
Pois, para meu aperreio, naquele dia não veio
A vendedora de flores.
Passei um dia muito triste, bastante preocupado.
Fui ao quarto ver as rosas que antes havia comprado,
O jarro havia caído, as flores tinham muchado
Passou um dia, outro dia, a vendedora não veio.
E o meu mundo cor de rosa começou a ficar feio,
Quando amanhecia o dia com a vista eu procurava.
Os pequenos vendedores, um gritava, outro gritava
Só a minha vendedora, nem de longe, eu avistava
Certa feita indaguei um pequeno vendedor , ele sorrindo, me disse:
“A esqueça, meu senhor, ela vendeu suas rosas e também o seu amor.
O dinheiro um carro novo conquistaram a vendedora.
Que enlameou as rosas e se tornou pecadora.”
Passados dois ou três anos, lá na rua dos amores,
Eu, sem querer, encontrei a vendedora de flores.
O seu rostinho não mais parecia uma corolla,
As rosas estavam murchas, pendidas numa sacola.
Não quis comprar suas flores, mas lhe dei uma esmola.
Foi ela a rosa vendida na feira livre da vida,
No leilão que o mundo faz,
Não acompanhei o lance, perdia de meu alcance,
A conseguiu quem deu mais.
Fui ao quarto ver as rosas que antes havia comprado,
O jarro havia caído, as flores tinham muchado
Passou um dia, outro dia, a vendedora não veio.
E o meu mundo cor de rosa começou a ficar feio,
Quando amanhecia o dia com a vista eu procurava.
Os pequenos vendedores, um gritava, outro gritava
Só a minha vendedora, nem de longe, eu avistava
Certa feita indaguei um pequeno vendedor , ele sorrindo, me disse:
“A esqueça, meu senhor, ela vendeu suas rosas e também o seu amor.
O dinheiro um carro novo conquistaram a vendedora.
Que enlameou as rosas e se tornou pecadora.”
Passados dois ou três anos, lá na rua dos amores,
Eu, sem querer, encontrei a vendedora de flores.
O seu rostinho não mais parecia uma corolla,
As rosas estavam murchas, pendidas numa sacola.
Não quis comprar suas flores, mas lhe dei uma esmola.
Foi ela a rosa vendida na feira livre da vida,
No leilão que o mundo faz,
Não acompanhei o lance, perdia de meu alcance,
A conseguiu quem deu mais.